O Fernando Pessoa tinha razão

Tudo o que faço ou medito
Fica sempre na metade.
Querendo, quero o infinito.
Fazendo, nada é verdade.

Que nojo de mim me fica
Ao olhar para o que faço!
Minha alma é lúcida e rica,
E eu sou um mar de sargaço.

 
Mas que verdade esta... Há dias em que o sinto na pele como o frio dos dias que correm, como a neve a congelar um corpo nu e despido da sua própria alma, do seu próprio sangue. Os anos passam, as rugas aparecem e a força vai faltando, a doença vai-nos talhado. Esteja onde estiver, mesmo que não esteja, espero que o Fernando Pessoa se tenha esquecido de dizer que nem sempre é verdade e, que se for, vale o esforço e a tentativa.
Poema: Fernando Pessoa
Foto: Little Zorra

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