Entra um silêncio líquido pela boca, o silêncio que se sente, que chega ao sangue, que se sabe silêncio líquido. Levanta-te, dá um passo. Olha-me e não me dês tempo. Sem palavras. O tempo e as palavras confundem-me enquanto o gelo se derrete e me leva a esperança do primeiro brinde. Tira-me o vinho, dá-me um beijo. O fundo vazio dos copos está sempre à espera de um milagre.
 
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